
Entrei no ônibus, sentei na última cadeira ao lado da janela e fiquei a refletir. Sempre gostei de olhar tudo passando do outro lado e fazer reflexões, muitas vezes sem sentido, da vida.
Em um momento de descontração, o vi. Estava parado com as mãos no cabelo, totalmente despretensioso. Lindo, como nunca o vira. Ele não me olhou, achei melhor, não queria que me visse com as bochechas rosadas.
O ônibus partiu, lamentei. Queria ter aproveitado mais aquele momento. Tinha esquecido de como ele me fazia se sentir bem, tinha esquecido do seu rosto e das lembranças do passado.
Continuei olhando a janela, mas era superficialmente, pois meus olhos viam grandes recordações.
Saudades. Um sorriso. No final das contas, foi bom vê-lo.
Quem sabe um dia, o verei de novo, mesmo que seja de longe, por um pequeno momento. E dessa vez, talvez, ele também me verá. Darei um sorriso, mesmo com as bochechas bem vermelhas.
E lembrarei, como conhecê-lo foi bom pra mim.
Por: Bruna Lorrana #