
Amigo doente, muito doente.
Pensei, pensei ... visitá-lo ou não. Mas é claro que sim, ele é meu amigo, mas espera, e se eu começar a chorar quando vê-lo, se as lágrimas caírem quando eu ver seu estado físico, isso pode deixá-lo pior, mais triste.
Deixei que esse medo me atingisse.
Passaram-se dias, semanas e em uma conversa com minha amiga, combinamos de visitá-lo. Não deixarei essa bobagem de lágrimas me atrapalharem.
Na madrugada daquele dia minha irmã atende um telefonema, não abro os olhos, queria apenas dormir. Palavras são balbuciadas por ela: "Não acredito, não acredito". Não entendo nada, minha curiosidade fala mais alto, abro os olhos preguiçosamente e sento, ela me diz: "S.L morreu".
Desabo na cama e fecho os olhos, isso não pode ser real. Flashes e imagens passam na minha cabeça, coração aperta e sem perceber as lágrimas caem. Isso não pode estar acontecendo, e pior, eu nem o vi. O arrependimento me atinge. Ouço berros sem sentido, percebo tempo depois que sou eu falando entre as lágrimas.
Ele sempre esteve comigo, me dando conselhos e ouvindo meus desabafo, ouço sua voz ecoando em minha mente, sinto seu abraço por um momento e a tristeza me abate ainda mais.
O que me dá mais raiva é que eu iria visitá-lo e horas depois ele se vai.
Talvez Deus não quisesse que eu lembrasse dele com uma imagem triste e doente ... não sei, mas ele sempre estará eternizado no meu coração como uma das pessoas que marcou minha vida.
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Enterro, palavras não conseguem descrever a dor e agonia desse momento, uma última imagem, o último adeus.
Adeus S.L , meu grande amigo. Nos braços Seus descansarás .
Por:Bruna Lorrana