terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Terra do nunca.


Ela é sonhadora, vive em seu mundinho de encantos e amores e adora tudo isso.
Quando a vida real a sufoca, ela fecha-se no seu cantinho e imagina dias ensolarados, noites frias, músicas no final da tarde. Viaja em lugares distantes, vive aventuras, encontra o príncipe encantado e depois percebe que, na verdade, ele é apenas um sapo.
Ela ri de tudo aquilo, do seu poder de imaginar, de transformar os seus problemas em um mundo encantado e perfeito.
Apenas fechando os olhos, ela sente tudo: frio, calor, magia. Tudo isso mera imaginação, mas pra ela, a esperança de viver em sua própria terra do nunca.
Páginas alegres de uma linda história com final feliz ... era tudo o que ela desejava.

Por: Bruna Lorrana ~

alone


Olhei o indo. Bateu a tristeza, as lágrimas insistentes começaram a cair.
Sentimentos incertos predominaram em mim, raiva, rancor ... decepção.
Sim, decepção. Ele não fez nada para que isso desse certo. Seu egoísmo, seu orgulho. Eu, como sempre, a errada.
Um ciúmes bobo foi motivo disso !? Mas se eu tinha ciúmes é porque eu me importava. E eu surto cada vez que vejo outra menina ao seu lado. É porque ainda me importo.
Apesar de todo sofrimento que ele me causa, eu ainda me importo.
E eu continuo aqui, em uma rua movimentada, o vendo ir em qualquer direção, sem olhar para trás, sem se importar comigo e a cada passo dele me sinto mais sozinha.
Nossa história poderia ter sido perfeita, mas ele desistiu com facilidade. O destino nos separou.
Agora, vejo um rumo incerto a minha frente. Pensamentos sem sentidos vagueiam em minha mente.
Olho o indo pela última vez, e sigo minha direção. Certa de que tudo será diferente, certa de que não terei mais ele.

Por: Bruna Lorrana ~

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

love is old. love is new


Ele gostava do meu sorriso, do meu jeito de revirar os olhos, do modo que eu ficava emburrada, das minhas bochechas ruborizadas.
Uma paixonite infantil.
Eu, criança e boba, ignorei tudo isso.
Passou-se anos, crescemos e mudamos.
Minha memória fraca esqueceu o passado e aqueles sentimentos que nunca correspondi também ficaram no fundo do baú. Mas será que o passado foi apagado para ele ?
Percebi tempo depois que não.
A culpa me invadiu, nunca tentei de verdade dar uma chance aquele sentimento. Nunca tentei olhá-lo com olhos diferentes como ele sempre me olhou.
Agora estou em um imparce de sentimentos, talvez nem eu mesma saiba distinguir. Será que valeria realmente a pena corresponder ?
Mas talvez, o melhor que faço é deixar que o tempo mostre, que o destino resolva.
Mesmo correndo o risco de deixá-lo mais uma vez no passado e deixando que volte mais uma vez no futuro .

Por: Bruna Lorrana .
(ajuda da Bia Cutrim)

Õun, eu ?

   ­­▪▪▪ Bruna Lorrana
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Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver.”

Clarice Lispector