sábado, 8 de setembro de 2012

Ele. Ela


Ele a carregou e fingiu que ia jogá-la na piscina. Ela gritou, o bateu.
Mas secretamente, ela amou.
Ele segurou a sua mão enquanto conversavam. Ele segurou sua mão enquanto dirigiam.
Ele segurou sua mão. E ela se sentiu protegida.
Ela começou a xingá-lo e ele disse que a amava. Dentro dela um pequeno sorriso
começou a ser formado.
Ele a deixou brava e, em seguida, a beijou-a. Beijou-a na bochecha, beijou-a na testa.
Apenas a beijou-a.
Ele se apaixonou. Ela também.
Ele é o chato dela. Ela é a boba dele.
O caminho dele encontrou o dela. E agora, eles caminham juntos, um ao lado do outro. De mãos dadas, e dispostos a jamais soltá-las.

          Por: Bruna Lorrana

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

idiota


Eu sinto que talvez, nunca encontre o cara certo para mim. Porque quando as coisas estão dando certo, tudo acontece para que esta teoria vire real.
Por um segundo, eu acreditei que ele se importava. Mas não, estava enganada.
Era tudo mentira, tudo enganação... Um lindo teatro, onde eu fiz o papel de boba.
E sim, representei muito bem. Pois caí direitinho naquela história da carochinha.
Eu lhe dei todo o meu sentimento, mas ele preferiu me magoar.
E quantas vezes você olhou pra trás e pensou: ''Caramba, como eu pude ser tão idiota?''
Era esse pensamento que ecoava em minha mente, martelando-a até doer.
Porque afinal de contas, eu fui isso mesmo... Uma idiota. Que acreditou em cada belo conto contado tão lindamente por ele.
Acabou. As cortinas do teatro finalmente fecharam, as luzes acenderam e meus olhos se abriram.
Seria bom agora uma tecla de del, mas pelo visto, só os computadores tem essa sorte.
Mas calma, apesar das marcas, todo machucado tem tratamento. E esse não seria diferente, não vai ser.
Um dia tudo passa.
E digo para mim mesma: ''Pare de se lamentar sobre o que passou. Histórias terminam para que histórias melhores possam começar. ''

          Por: Bruna Lorrana

sábado, 21 de julho de 2012

ônibus



Era tão difícil olhar diretamente para ele, porque vê-lo me desorienta, me faz esquecer tudo que existe no universo. Tinha perdido a conta de quantas vezes o via ali, mas em todas às vezes, ele me arrancava suspiros. No primeiro dia trocamos olhares e um sorriso tímido apareceu em seus lindos lábios.
Ele sentou ao meu lado e minha mente logo tratou de guardar todos os seus detalhes: o cheiro, a textura do cabelo, os detalhes do rosto, a forma dos olhos...
Ele era o ponto fraco em mim. Quando eu fechava meus olhos, era ele que vinha em meus pensamentos.
Bastava ele sorrir, e meu chão sumia.
Digo a mim mesma que devo estar louca, mas do que adiantava, se meus sentidos não eram capazes de me obedecer.
E eu gostava daquela sensação que ele me causava, meu coração dava pulinhos e eu tentava desesperadamente ignorá-lo.
Um riso sai por minha boca, mal sabes ele que é devido a sua presença.
Ele me fazia sorrir mesmo sem saber, mesmo sem querer, mesmo sem estar ali.
E estava na hora de ir. Seguiremos caminhos diferentes, mas não se preocupe... Um dia eles se cruzam.

          Por: Bruna Lorrana

sexta-feira, 13 de julho de 2012

odeio



Eu odeio o jeito como eu preciso tanto de você.
Odeio ficar esperando horas pra te ver, esperando ansiosamente por um olhar, por uma palavra, por um sorriso, um toque que seja.
Odeio quando você chama ela do mesmo jeito que você me chama.
Ela é uma boa garota, mas não merece você. Eu queria merecê-lo.
Odeio ser indecisa e insegura quando se trata de você.
E quando você some, não dá notícias. Eu odeio como o meu pensamento fica te chamando. Como fico imaginando como seria com você aqui, e os momentos que iríamos passar.
Quando você aparece e não diz simplesmente nada. Como é possível não perceber?
Não é o silêncio que me incomoda, e sim a falta da sua voz. E eu odeio porque você não nota isso.
Eu odeio quando você finge não se importar, ou pior, quando me ignora.
E eu tento ignorar a sua presença, mas meus olhos sempre vão involuntários pra você e percorre por cada centímetro do seu rosto.
Eu odeio não ser tão forte o bastante para não me importar com você.
E o odeio ainda mais, por você me fazer sentir tudo isso.
Eu te odeio, simplesmente odeio.

          Por: Bruna Lorrana

sábado, 7 de julho de 2012

às vezes



Sabe moço, queria entender o que eu sinto de verdade por ele, mas entender mesmo, porque até agora tem sido tudo tão confuso.
Uma hora digo que o amo, outra que o odeio. Uma hora o mando para longe, mas no fundo, sempre o quero por perto. Queria poder arranca-lo do peito, mas simplesmente não consigo.
E agora moço, me diz. Eu sei que o quero só às vezes, o problema é que ''às vezes'' acontece sempre.
Não quero esquece-lo, não quero ter que desistir dele. Porque algo dentro de mim, ainda acha que pode dar certo. Porque não quero mais dizer adeus.
E não moço, eu não faço de propósito. Eu fico aqui, buscando maneiras de tirá-lo da minha cabeça. Mas o que posso fazer se ele sempre está perdido em meus olhos?
E eu cansei de lutar contra ele, cansei de ficar apenas imaginando nós dois. Apenas imaginando, pois não sei se é real.
Diz-me moço, e agora faço o que?
''Aprende menina, aprende que dói menos''

          Por: Bruna Lorrana

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Dança





Ouvindo aquela música ela fechou os olhos, mas não era qualquer música, era aquela sabe, que quando você fecha vai para um mundo só seu.
E ouvindo-a, passou aquele dia em sua mente de novo, e de novo, e de novo... Tentando lembrar-se de cada detalhe e descobrir se aquilo era mesmo real.
Ainda podia sentir suas mãos suando, seu coração acelerado e seus pensamentos agitados.
É engraçado como algumas lembranças nos fazem sorrir involuntariamente. E ela sorria com as bochechas coradas, porque tinha amado aquele momento que os dois tinham partilhado.
Dois. Tão bom ouvir essa palavra. Pois ela sabia que essa palavrinha de quatro letras significava que eles estavam juntos, mesmo que tenha sido só naquele momento. O seu primeiro momento. O primeiro compartilhado. O primeiro toque de suas mãos e parecia certo, como se elas se completassem.
Ela sabia que a partir dali nada seria igual, porque ela queria que não fosse.
E ela fechava novamente os olhos enquanto a música tocava de novo, segurando aquela noite como uma parte dela e estava disposta a não deixar que ela se fosse.

         Por: Bruna Lorrana.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

meio estranho



Foi meio estranho aquilo, senti o tempo parar naquele momento. Segundos que se tornaram tão longos, um olhar apenas e vi todos os meus desejos em uma pessoa só.
Como isso era possível? Estava tentando descobrir enquanto pensamentos confusos corriam em minha cabeça.
Me senti em um sonho daquele tipo que não conseguimos abrir os olhos, e para ser sincera comigo mesma... não sabia se queria acordar. 
Ele apareceu de repente e mudou tudo, girou a minha cabeça completamente. 
Me sentia voando, flutuando, me sentia uma boba mesmo, confesso! 
Mas estava gostando daquilo e se fosse sonho, não queria abrir meus olhos nunca mais. 
Era engraçado esse efeito que ele tinha sobre mim, sentia pela primeira vez que aquele muro que criei anos ao meu redor estava sendo derrubado.
''É impossível'' - dizia a mim mesma, ''Mal o conheço, como pode dar certo?'' . ''É arriscado'' - meus pensamentos continuavam a dizer - ''E se você se magoar novamente?''. - ''É inútil'' - mais outro pensamento - ''Não vai dar certo mesmo''. 
Mas bem dentro de mim, ainda tinha algo sussurrando ''Dê uma chance'', e era esse pequeno sussurro, que era parecido com uma brisa de vento que deixava esse sentimento vivo.

Por: Bruna Lorrana 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem jeito.


Não tem jeito. Passamos séculos sem ver, ficamos distantes, longes... mas não adianta, não tem jeito.
Você some, não manda nenhuma notícia e depois volta como se nada tivesse acontecido, como se fizesse minutos que você sumiu. E mesmo assim, não tem jeito.
Meu coração sempre acaba acelerando por você.
Tenho tanta raiva disso que você nem pode imaginar.
Eu já me conformei com isso, já aceitei essa verdade: você é um fato inacabável na minha vida.
Não digo, não falo, nem tento convencer mais meus amigos que esqueci você porque eu já percebi que esquecer você de uma hora para outra não é fácil, pelo menos para mim.
Um dia quem sabe, você vai perceber o quanto eu faço falta também e vai querer me procurar, para me dizer que sente saudades ... mas talvez nesse dia, eu já tenha dado um jeito nesse coração e esteja feliz com outra pessoa.

Por: Bruna Lorrana

domingo, 15 de abril de 2012

Apaixonada


E lá estava eu com o sorriso bobo no rosto, as borboletas na barriga, as faces ruborizadas.  Depois de tanto tempo aqueles velhos sintomas resolveram aparecer. Depois de tanto tempo, eu sentia meu coração bater novamente.
Por um breve momento quis ficar assim para sempre ... sentindo tudo aquilo.
Ficava feliz em sentir novamente aquela alegria interna que só ele me transmitia.
E posso dizer, tudo isso era tão bom. Toda vez que o via, ele me arrancava suspiros.  E precisava me beliscar para descobrir se aquilo tudo era mesmo real.
Você sabe que está apaixonada quando não consegue dormir, porque a realidade é finalmente melhor do que os sonhos. E sim, eu confesso ... estava apaixonada.
Depois de tanto relutar e dizer a mim mesma que não iria mais acontecer, lá estava eu novamente, feito uma boba.
Quando você acha que nunca mais é capaz de se apaixonar, aparece alguém capaz de fazer seu coração acelerar mais uma vez.

Por: Bruna Lorrana

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Rabisco


E lá estava eu, mais uma vez rabiscando involuntariamente seu nome em meu caderno.
Dava vontade de escrever seu nome ao lado do meu naquelas folhas decoradas e encher de coração. E passar horas olhando aquele sonho jogado em papel, que eu nem sabia se um dia iria sair de lá e se tornar real.
Mas valia a pena sonhar.
E você não imagina quantos sorrisos eu já dei só de pensar em nossos momentos juntos, quantas vezes meus olhos brilharam apenas ao ouvir seu nome em alguma conversa e quantas borboletas apareceram em minha barriga toda vez que te vi.
E não importam o que me digam sobre esse amor platônico, eu seguirei sempre assim, por dias, semanas, meses tentando tocar seu coração, até que um dia eu consiga.
Enquanto não acontece, eu fico imaginando.
Fazendo os mesmos rabiscos naquele caderno enfeitado, imaginando as mesmas pequenas coisas torcendo para que um dia tudo aquilo se torne real.

Por: Bruna Lorrana.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Eu me pergunto.


E depois de tanto tempo eu me pergunto se você ainda pensa em mim, porque em minha mente você nunca saiu.
Mesmo que eu tente apagar o passado, não consigo, pois foi tudo tão bonito e leve. Existem certas coisas que o tempo não apaga. Será que só eu sinto isso? E que para você foi apenas uma breve história que já teve um ponto final?
Não penso em você de propósito, eu juro. Eu fico aqui, buscando maneiras de te tirar da minha cabeça.
Mas eu não sou tão forte assim.
Queria que você pensasse que sou forte, e por mais que eu tentasse te convencer disso, não iria dar certo, porque eu sou feita de carne e osso, tenho sentimentos dentro de mim e não consigo enganá-los.
Eu sei a vida segue. Mas dá saudade e até ela aliviar vou seguindo assim, com lembranças que não vão voltar por mais que eu escreva, eu sei que nada vai mudar. Você não vai voltar.

Por: Bruna Lorrana.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cupido .


Senhor Cupido, estou escrevendo esta carta par facilitar sua vida. Porque estou cansada de tentativas vãs e erradas. Gostaria de alguém que dê certo dessa vez.
Encontre alguém que me chame de linda, aquele que me beija na testa e queira me mostrar para todo mundo, mesmo que eu não esteja arrumadinha.
Um homem que segure em minha mão na frente dos amigos dele.
Que me ache a mulher mais bonita do mundo ainda que eu esteja sem maquiagem e insista em me segurar pela cintura.
Aquele que vire para os amigos e diga: ''É ela''
Eu sei que talvez essa pessoa que eu idealizo não exista ... mas senhor Cupido, se ela existir, que apareça, dê ao menos uma pista para que eu possa acreditar em um final feliz.

Por: Bruna Lorrana 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Indiferente.



É engraçado como o tempo passa e as coisas mudam ... hoje me sinto livre e indiferente a você.
Sim, indiferente. Quem diria não é ? logo eu, a dependente convicta não sentindo simplesmente nada, não te vendo e nem te procurando.
Antes eu gostava de saber por onde você andava, o que escutava, o que sentia e principalmente ... se continuava pensando em mim, e me apegava a essa ilusão.
Desvendar seus pensamentos era meu passatempo favorito.
E hoje eu não quero mais nada disso. Todo aquele meu sentimento desprezado se tornou em algo frio, seco, sem vida.
E se um dia houve algo aqui chamado de amor, já não o reconheço, não posso senti-lo.
E não, eu não sinto muito.
Depois de tudo, eu percebi porque não tinha você: eu merecia alguém muito melhor.
E a felicidade veio com o tempo, veio assim que eu descobri que você não era a única coisa que um dia me faria sorrir.

Por: Bruna Lorrana 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Mais uma vez


E depois de passar tanto tempo, eu acho que já esqueci você. Sim, eu devo ter esquecido.
Mas, de vez em quando, ainda me pergunto se isso não é uma enganação própria. Eu tentando provar para mim mesma que consigo te esquecer mais uma vez.
Sim, isso mesmo, 'mais uma vez' porque as recaídas foram muitas. Pois toda vez você aparece e muda todas as regras fazendo eu sentir o que eu jurei não sentir outra vez e principalmente ... por você.
Talvez o meu maior problema é que eu não quero esquecer, no fundo há algo em mim que não quer desistir .
E é contra isso que luto diariamente.
Não posso, não devo mais sentir isso. Eu sou jovem demais para partir meu coração.

Por: Bruna Lorrana. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ela.


Ela é assim, uma sonhadora nata. Vive a vida sonhando e desejando que cada parte do seus sonhos se realizem.
Ela é assim, teimosa, ciumenta, confusa, estressada e grossa. E ainda assim consegue ser a pessoa mais sensível do mundo.
Anda pelas ruas descabelada, de jeans rasgado e não importa o que os outros vão dizer.
Apaixonou-se e desapaixonou-se por todos os garotos fofos que passaram por seu caminho. E ela é assim, depois que o amor passa costuma achar ridículo quem amou.
Ela é do tipo que lê mil vezes a mesma mensagem, só pra ter o gosto de sorrir de novo.
Ela é aquela que largaria tudo para trás, só para viver o amor.

''Ela acreditava em anjo e,  porque acreditava, eles existiam'' Clarice Lispector . 
Por: Bruna Lorrana

sábado, 28 de janeiro de 2012

Indiferente.



E lá estava eu, presa naquela sala, me sentindo tão sufocada, uma estranha diante de todos.
E lá estava ele, me tratando com indiferença, olhando furtivamente para mim e fingindo não se importar com aquela situação.
Seus olhos estavam escondendo a verdade, eu sentia isso. Sabia que ele também sentia saudades.
Tinha certeza que não era a única a sentir uma agonia dentro do peito.
Como chegamos a esse ponto? A essa frieza entre nós? Nunca imaginei que um dia estaríamos assim !
Ele dizia que estava tudo normal, mas eu sabia que não. Sentia falta de alguma coisa.
Algo só nosso que se perdeu.
E eu tinha medo, medo de no fim das contas restar apenas isso ... um completo nada entre nós.
Sei que ele estava magoado e eu também estou, mas tudo o que aconteceu entre nós foi lindo, foi real.
Ainda me lembrava da sensação de ter falado com ele pela primeira vez, de cada pequeno detalhe e gesto de quando estávamos juntos. E apesar de tudo, não queria deixar aquela história morrer.
Olho furtivamente para ele, ele olha também .. a única coisa que consegui fazer foi dar um meio sorriso sendo retribuída.
Respirei e magoada também me fingi de indiferente.
As vezes é preciso fingir como se não se importasse. É melhor, dói menos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

domínio


E lá estava eu passando por ele com um sorriso involuntário no rosto. Não sabia porque isso acontecia, mas sabia que ele era o motivo disso.
Sabe aquela pessoa que te faz sorrir só de pensar nela ? Era ele.
E eu ao menos sequer o conhecia, ao menos falava com ele ... mas ele possuía esse domínio sobre mim.
O domínio de fazer meu coração acelerar, minhas pernas bambearem e o maldito sorrisinho aparecer.
E eu odiava aquilo, porque eu não sabia definir o que eu estava sentindo, só sabia que eu gostava desse sentimento maluco e insano que existia em mim.
E de repente ele surgiu na minha vida e agora eu não quero que vá embora nunca mais.
É medonho a forma como ele invadia meus pensamentos, meus sonhos, minha vida e eu não conseguia me livrar disso.
Amor ? paixão ? não sei o que sentia por ele e tinha cansado de tentar descobrir.

Por: Bruna Lorrana 

Õun, eu ?

   ­­▪▪▪ Bruna Lorrana
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Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver.”

Clarice Lispector