sábado, 28 de janeiro de 2012

Indiferente.



E lá estava eu, presa naquela sala, me sentindo tão sufocada, uma estranha diante de todos.
E lá estava ele, me tratando com indiferença, olhando furtivamente para mim e fingindo não se importar com aquela situação.
Seus olhos estavam escondendo a verdade, eu sentia isso. Sabia que ele também sentia saudades.
Tinha certeza que não era a única a sentir uma agonia dentro do peito.
Como chegamos a esse ponto? A essa frieza entre nós? Nunca imaginei que um dia estaríamos assim !
Ele dizia que estava tudo normal, mas eu sabia que não. Sentia falta de alguma coisa.
Algo só nosso que se perdeu.
E eu tinha medo, medo de no fim das contas restar apenas isso ... um completo nada entre nós.
Sei que ele estava magoado e eu também estou, mas tudo o que aconteceu entre nós foi lindo, foi real.
Ainda me lembrava da sensação de ter falado com ele pela primeira vez, de cada pequeno detalhe e gesto de quando estávamos juntos. E apesar de tudo, não queria deixar aquela história morrer.
Olho furtivamente para ele, ele olha também .. a única coisa que consegui fazer foi dar um meio sorriso sendo retribuída.
Respirei e magoada também me fingi de indiferente.
As vezes é preciso fingir como se não se importasse. É melhor, dói menos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

domínio


E lá estava eu passando por ele com um sorriso involuntário no rosto. Não sabia porque isso acontecia, mas sabia que ele era o motivo disso.
Sabe aquela pessoa que te faz sorrir só de pensar nela ? Era ele.
E eu ao menos sequer o conhecia, ao menos falava com ele ... mas ele possuía esse domínio sobre mim.
O domínio de fazer meu coração acelerar, minhas pernas bambearem e o maldito sorrisinho aparecer.
E eu odiava aquilo, porque eu não sabia definir o que eu estava sentindo, só sabia que eu gostava desse sentimento maluco e insano que existia em mim.
E de repente ele surgiu na minha vida e agora eu não quero que vá embora nunca mais.
É medonho a forma como ele invadia meus pensamentos, meus sonhos, minha vida e eu não conseguia me livrar disso.
Amor ? paixão ? não sei o que sentia por ele e tinha cansado de tentar descobrir.

Por: Bruna Lorrana 

Õun, eu ?

   ­­▪▪▪ Bruna Lorrana
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Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver.”

Clarice Lispector