sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Querido Coração .


"Querido Coração, gostaria de ter uma conversa bem franca com você.
Quantas vezes já lhe disse pra esquece-lo ? Pra ignorar cada vez que ele passa a sua frente, pra fingir que ele é como qualquer outro e nada mais ?
Mas não, você insiste em me desobedecer, só basta ele passar que você começa acelerar o batimento desesperadamente, começa a ficar inquieto dentro de mim, fica frenético só pela pura presença dele. "
"Dê uma chance" sussurrou o coração.
"Mas querido coração, porque ele ? "
Aguardei a resposta e o Coração não respondeu.
No final das contas, essa conversa sem sentido não levou a nada.
Fácil é dizer que quero esquece-lo, difícil é convencer meu coração :/

Por: Bruna Lorrana ~

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fim de tarde '


Andando por aqueles mesmos caminhos, dando os mesmos passos, minha mente retornou ao passado e foi mais precisamente para aquele final de setembro. Lembro-me do dia dando adeus e a noite surgindo, da brisa leve e suave que batia em meus cabelos, dos meus pensamentos atordoados que pararam no instante em que o vi. Tudo mudou naquele momento e ali, soube que nada seria a mesma coisa.
Ele passou perto de mim, sem que ao menos eu pudesse entender, mudou a minha vida, mudou os meus sonhos, mudou os meus pensamentos e lembranças.
Mas o tempo passou. Promessas ditas foram quebradas, sonhos planejados viveram apenas na imaginação, apesar disso, fui feliz. Nem que tenha sido por um pequeno instante, feliz com ele do meu lado.
O mesmo destino feliz que nos uniu, foi o perverso que nos separou.
Hoje, trilho os mesmos caminhos que um dia foram nossos, vivendo de imaginação. Com a esperança de que eu possa o encontrar ... em algum lugar. E quem sabe um dia ver essa minha pequena fantasia se realizar.
Continuei caminhando, era fim de tarde, a mesma e singela tarde que durou para sempre e ao mesmo tempo terminou rápido demais.

Por: Bruna Lorrana ~

Õun, eu ?

   ­­▪▪▪ Bruna Lorrana
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Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver.”

Clarice Lispector